O tópico frasal
Você tem um livro por perto? Abra-o em qualquer página. Repare que o texto é dividido em parágrafos. Por quê? O parágrafo dá um recado ao leitor. Diz que ali, naquele bloco, foi desenvolvida uma idéia. Uma só. Por isso o parágrafo é uma unidade de composição. Nele há uma idéia central. E tantas secundárias quantas forem necessárias para sustentá-la.
Quer ver?
Gonzaga Negreiros está zangado. Pela primeira vez, ele, a mulher e a filha não vão passar o Dia das Mães com a família em São Raimundo Nonato, no Piauí. Sem dinheiro, adeus, viagem.
O parágrafo tem unidade? Tem. Trata de um só assunto: a zanga de Gonzaga Negreiros. No 1º período, diz que ele está zangado; nos outros, o porquê da zanga. Perfeito.
O parágrafo-padrão tem duas partes. A introdução – chamada tópico frasal – informa a idéia-núcleo. O desenvolvimento sustenta o tópico. Como? Cita exemplos, apresenta causas ou conseqüências, faz comparações, analogias, confrontos.
Analise um exemplo:
Cinco mil pessoas terão um Dia das Mães um pouco mais gordo. O governador anunciou que o limite salarial para os funcionários que vão receber abono passou de R$ 500,00 para R$ 600,00.
No tópico frasal, o autor anuncia o assunto do parágrafo: cinco mil pessoas terão um Dia das Mães um pouco mais gordo. No desenvolvimento, diz o porquê: o aumento do limite salarial para os funcionários que vão receber o abono.
Mais um:
O que eles aprenderam nas aulas de catecismo? Júlia e Adriana decoraram os dez mandamentos. Pedro aprendeu que o roubo não compensa. Vanessa descobriu que pecado é não ter amor à vida.
O tópico frasal, aí, faz uma pergunta. O desenvolvimento responde-a citando exemplos. Um deles: o de Júlia e Adriana. Outro: o de Pedro. O último: o de Vanessa. Palmas para o parágrafo.
Teste
A seguir, você tem o desenvolvimento do parágrafo. Falta o tópico frasal. Leia o texto com cuidado. Depois, escolha o tópico que sintetiza a idéia desenvolvida:
……………………………………………………….Um deles: furto nos sinais de trânsito. Outro: embaraço à livre circulação de pessoas pelos muros de mercadorias armados pelos camelôs. Mais um: extorsão mediante ameaça declarada ou tácita praticada pelos flanelinhas. É um imposto a mais que os cariocas já se acostumaram a pagar. Em dias de jogo no Maracanã, chegam a cobrar R$ 10 ou R$ 20. O último, mas não menos importante: a cidade, loteada pelo crime organizado, também é vítima do mapeamento de suas ruas e esquinas feito pelo pequeno delinqüente (texto adaptado do Jornal do Brasil).
a. Na cidade, há pequenos delitos para todos os gostos.
b. Não se pode mais andar sossegado nas ruas do Rio.
A resposta? Logo, logo. Aguarde.
