É hora do texto
Redação é habilidade. Joga no time da natação, do salto, da digitação. A gente só se torna campeão nas águas se treinar. Só salta como João do Pulo se praticar. Só digita 400 palavras por minuto se se exercitar. Só escreve um texto nota dez se escrever muito. A ordem é treino, treino, treino.
O texto abaixo é um editorial da Folha de S.Paulo. Trata do movimento que se empenha por tornar obrigatório o ensino da língua espanhola nos ensinos fundamental e médio. Nele, o autor toma posição. É contra a proposta. E diz por quê. Será que convence?
O lobby do espanhol
Ninguém duvida da beleza do idioma de Cervantes nem de sua utilidade. Além do autor de Dom Quixote, escreveram em espanhol Lope de Vega, Luis de Góngora, García Márquez e Jorge Luis Borges. Língua que mais cresce no mundo, o espanhol é faladoo hoje por 332 milhões de pessoas em dezenas de nações. Falam-no a maioria dos países vizinhos do Brasil e os parceiros do Mercosul. Apesar de sua importância, porém, não se justifica a proposta de tornar seu ensino obrigatório no país.
O projeto contraria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A LDB estipula a obrigatoriedade do ensino de uma língua estrangeira moderna, cabendo à comunidade defini-la. Também prevê, no ciclo médio, o ensino de um segundo idioma estrangeiro em caráter optativo. O projeto que tramita no Congresso, ao tornar o espanhol obrigatório e silenciar sobre o inglês, teria como resultado a substituição do hoje dominante inglês pelo espanholl, pois são poucas as escolas que têm condições de ministrar mais de um idioma estrangeiro.
E, por maiores que sejamos méritos literários do espanhol, em termos de utilidade essa língua não se compara ao inglês, pela simples razão de que o idioma de Tio Sam é muito mais abrangente. Ele é, sem dúvida, o novo latim veículo no qual se dão as comunicações entre povos que falam línguas diferentes. Ninguém é obrigado a gostar da primazia do inglês. Mas é preciso ser bastante tolo para não reconhecê-la.
Há outras questões que precisam ser levadas em conta. Uma delas: a inexistência de dos cerca de 200 mil professores de espanhol que seriam necessários para implantação do projeto. Outra: os interesses dos lobbies ligados à venda de material didático.
De resto, vale lembrar um pormenor. É mais que oportuno reconhecer que, entre as maiores virtudes da LDB, está a de, até onde é possível, deixar que cada comunidade e não burocratas de Brasília defina o que lhe interessa. Aí, o espanhol ocupa o segundo plano.
Agora, mãos à obra. Vamos rever assuntos dos post anteriores. Trata-se dos passos que compõem o planejamento do texto. Na dúvida, volte a eles e, depois, preencha o esquema seguinte:
Assunto:
Leitor:
Tópico:
Objetivo:
Frase que sintetiza o objetivo do texto:
Sentença de abertura:
Tópico frasal do 1º parágrafo do desenvolvimento:
Tópico frasal do 2º parágrafo do desenvolvimento
Idéia da conclusão:
A resposta? Logo, logo. Aguarde.