Ensinar e aprender O professor ensina. O aluno aprende. Certo? Em parte. Hoje, volta e meia, os papéis se invertem. Com a moçada pra lá de informada, mestres se atualizam com garotos e garotas que adoram dividir conhecimentos. Basta ter humildade e curtir. De quebra, lembrar a regência do verbo que enriquece uns e outros. No sentido de dar instrução, a gente ensina alguma coisa a alguém: O professor ensinou a conjugação verbal ao aluno. João ensina os truques da informática ao irmãozinho Rafael. A leitura ensina as belas lições a adultos e crianças. O ou lhe? Quer substituir os complementos pelo pronome átono? Fique esperto. O alguma coisa coisa é objeto direto. Pede o pronome o ou a. O alguém é objeto indireto. Exige o lhe. Assim: O professor ensinou-a ao aluno. O professor ensinou-lhe a conjugação verbal. João ensina-os ao irmãozinho Rafael. João ensina-lhe os truques da informática. A leitura ensina-as a adultos e crianças. A leitura ensina-lhes as belas lições. Coisa nacional Rosângela é professora da rede pública de ensino. Teve de preencher os campos destinados aos horários de entrada e saída na folha de frequência. Foi aí que a porca torceu o rabo e a vaca tossiu. A secretaria exigia a forma 12:10. A mestra não concordou. Impôs a abreviatura nacional. Lembra-se dela? É sem-sem-sem — sem espaço, sem plural e sem pontos: 12h, 12h30, 12h30min15.