r escreve “Gostei muito das observações sobre a pobreza vocabular publicadas na coluna de quarta. Sem dúvida que um dos motivos para a falta de recursos no arsenal léxico das pessoas é a pouca leitura. Mas não basta ler. É necessário qualificar a leitura .A maior parte do que é publicado hoje é inadequado para o enriquecimento do vocabulário e para o estímulo intelectual. Somos inundados por milhares de livros de auto-ajuda, que não têm valor algum. Queremos mais opções.” Raul Cesar Gottlieb,do Rio DIRETAS EXTINÇÃO COLETIVA A Clara Arreguy, editora de Cultura do jornal, saiu do trabalho tarde. Morta de fome, passou numa rede de lanchonetes para comer um sanduichezinho jeitoso. Ficou com os pêlos arrepiados ao ler este texto na toalha da mesa: “Existem mais de 500 animais em extinção no mundo. No Brasil, são 107 espécimes ameaçados. Entre eles, estão a arara-azul pequena, o maçarico-esquimó e o minhocoçu”. “Não são só os animais que estão em extinção. O português também está”, pensou ela. Com razão. O alerta confundiu espécime com espécie. As duas palavras se parecem. Mas não se conhecem nem de elevador. Espécime ou espécimen quer dizer amostra, exemplar. Espécie, tipo. (Coluna