rascunho

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CPI do Boicote “O homem põe e Deus dispõe”, diz o povo sabido. Verdade? A CPI da Petrobras responde sim. Depois de meses de idas e vindas, a oposição venceu resistências. Conseguiu instalar a CPI. Surpresa! Dez dos 13 membros são da situação. Com essa turma, investigar o quê? Os donos da ideia tomaram uma decisão: boicotar a comissão. Resultado: trouxeram ao cartaz palavra secular. É boicote. A trissílaba nasceu do nome de Charles Boycott. Ele administrava propriedades do conde Erne, na Irlanda. Puxa-saco dos poderosos, era implacável com empregados e pessoas com quem mantinha negócios. Resultado: a represália veio a galope. Todos — trabalhadores, negociantes e moradores da cidade — se recusaram a manter relações com ele. Foi assim que Boycott, substantivo próprio, virou substantivo comum. Mais do mesmo? “Não podemos voltar atrás”, diz campanha do PT que divide o partido. De um lado, estão os que temem tiro no pé — a mensagem do medo se voltar contra a legenda e espantar eleitores. De outro, os atentos à língua. “Voltar atrás” seria pleonasmo? Afinal, não se volta pra frente. Trata-se de velha dúvida. Muitos pensam que voltar atrás joga no time do subir pra cima, descer pra baixo, elo de ligação ou panorama geral. Não joga. Pra usar o verbo voltar no sentido de retroceder, só há uma saída. Pedir ajuda à preposição atrás: O governo ia aumentar os impostos que incidem sobre cervejinhas & cia. Diante da reação, voltou atrás. Deixou os torcedores da Copa beberem a loura gelada sem maltratarem (ainda mais) o bolso.