De uma coisa ninguém duvida. Marco Feliciano é pra lá de corajoso. Chamou o demo pra dentro da comissão. Contrariou, outra vez, a turma que quer a criatura lonnnnnnnnnnnnnnge, bem lonnnnnnnnnnnnnge. Pra mantê-la a distância, nós nem sequer a designamos pelo nome. A razão é simples: atribuímos à palavra poder mágico. Ao pronunciá-la, atraímos o ser que nos assusta, machuca ou causa dor.
A saída? Apelar para eufemismos. Dizer sem falar. O dicionário registra mil e uma possibilidades de fugir do diabo. Entre elas, arrenegado, belzebu, canhoto, cão, cão-miúdo, tinhoso, coisa, coisa à toa, coisa ruim, condenado, cujo, demo, diacho, dragão, excomungado, feio, indivíduo, lúcifer, maldito, mal-encarado, maligno, malvado, mau, pimenta, porco, satã, serpente, tição.
Ufa! Valha-nos, Deus!