Na grampolândia chamada Brasil, a propriedade vocabular ainda se impõe. A divulgação da conversa do presidente do Supremo com o senador Demóstenes Torres pôs o presidente da Abin em maus lençóis. Parlamentares indigados pedem que o presidente Lula “desindique” o chefão dos arapongas. Afinal, “quem pode indicar pode desindicar”, dizem.
Ouvintes reclamaram. Fizeram duas observações. Uma: “Presidente não indica, nomeia”. A outra: “Presidente algum, em bom português, `desindica´ alguém. Ele, pra não matar a língua, exonera”.