Povo, que povo?

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“A palavra povo tinha um sentido exato quando se podiam ajuntar todos os cidadãos de uma cidade ao redor de um outeiro, num Campo e Marte. Mas o crescimento do número, a passagem da ordem dos milhares à dos milhões, fez da palavra um termo monstruoso, cujo sentido depende da frase em que entra. Ela designa ora a totalidade indistinta e nunca presente em lugar nenhum; ora o maior número, oposto ao número restrito dos indivíduos mais afortunados ou mais cultos.” (Paul Valéry)