“Alunos de escolas particulares são alvo de roubo”, diz a manchete do Correio Braziliense. com.br. Leitores estranharam. Alvo não deveria estar no plural? Não. Por quê? A língua tem razões que a própria razão desconhece. Fica no singular o substantivo que, depois dos verbos ser, tornar-se, virar, constituir e assemelhados, dá ao sujeito plural caráter de abstração ou generalização.
Confuso? Exemplos ajudam a jogar luz na escuridão. É o caso da manchete. Alvo é palavra abstrata que generaliza o sentido do sujeito, alunos.
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Médicos são exemplo de dedicação. Os assaltos à mão armada foram notícia hoje. Agressões verbais de parlamentares não constituem novidade. Os debates dos candidatos são destaque da programação. Brigas e troca de tiros tornaram-se o pesadelo dos banhistas. Mochilas de grife viraram objeto do desejo de assaltantes juvenis.