A língua é mãezona. Boazinha, oferece um montão de possibilidades. Uma delas é o pleonasmo. A palavra quer dizer superabundância.O exagero pode ser vício ou figura de linguagem.
O vício é o desperdício. Demonstra ignorância ou desleixo. Com ele, abusa-se das palavras e da paciência do leitor. É o caso de subir pra cima, ver com os olhos, elo de ligação, hábitat natural, monopólio exclusivo, protagonista principal.
A lista de horrores não tem fim. Em todos, o complemento constitui excesso digno das fogueiras do inferno. Só se sobe pra cima, só se vê com os olhos, todo elo é de ligação, todo hábitat é natural, não há monopólio que não seja exclusivo nem protagonista que não seja
principal. Xô!
M as há o outro lado da moeda. O pleonasmo pode ser figura literária. Aí, acrescenta um especificativo que dá graça e força à expressão ou indica contraste: Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de P ortugal. E le sabe pescar peixes, mas não sabe pescar homens.