Pandora, a dona da caixa de maldades

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Quando o mundo nasceu, não havia mulheres. Só homens moravam na Terra. Com o tempo, a vida ficou muito chata. Sem meninas, as festas não tinham graça. Nas discotecas, garotos dançavam com garotos. Na praia, não se via um biquíni sequer. Só calções e sungas.

Um dia, os deuses, lá do Olimpo, deram uma espiadinha neste planeta. Sentiram pena dos homens, que andavam pra lá de desanimados. Combinaram, então, dar-lhes um presentão. Criaram a mulher.

Não era uma mulher qualquer. A primeirona tinha todas as qualidades do céu e da Terra. Era linda e cheia de graça. Tinha força e coragem. Sabia negociar, convencer as pessoas e fazer tudo com as mãos. Bordava, cozinhava, pintava, tocava harpa, piano e violino. Por isso se chamou Pandora. O nome quer dizer pessoa que tem todos os dons.

Antes de vir pra cá, Pandora ganhou uma caixa. Estava fechadinha. O marido dela, que se chamava Epimeteu, ficou curioso. Abriu-a. De dentro saltaram todos os males da humanidade. Desde então, doenças, violência, guerras, dores passaram a viver na Terra. Quando viu a bobeira que fez, Epimenteu fechou a caixa. Prendeu a esperança.