Palanque eletrônico 7

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Sucursal do céu

Dad Squarisi

Só cego não vê. Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que imagina nossa vã filosofia. Um deles salta aos olhos. Trata-se da semelhança Dilma-Aécio-Marina & cia. louquinha pelo Planalto. Não se fala em atributos físicos, claro.

A afinidade não está na forma. Reside no fundo. Uma marca os une indelevelmente. Todos são professores de Deus. Do elevado altar, dirigem-se aos homens. Sabem tudo. Têm resposta pra todas as perguntas. Têm receita pra problemas presentes e futuros.

Eles não se restringem ao blá-blá-blá. Matam a cobra e mostram o pau. Exibem obras. Dilma e Aécio expõem escolas, creches, hospitais, merenda gostosa etc., etc., etc. Provam que a dupla não veio ao mundo pra passear. Veio devolver o paraíso. Marina não tem obras pra apresentar. Mas tem sonhos. E dá-lhe esperança.

As acusações poupam o nome do santo. “Certa candidata”, refere-se Dilma a Marina. “Não basta falar. É preciso ter experiência”, diz Aécio para bons entendedores. “Temos propostas pra apresentar. Não precisamos de agressão”, responde Marina. É mais ou menos como a história do diabo. Ninguém o cita com todas as letras com medo de lhe atrair o poder.

Conclusão: o Brasil é a sucursal do céu. Para se tornar matriz, falta um passo — fazer as pazes com o português. Dilma não se atualizou. Escreve mão de obra como antigamente, com hífen. Aécio contraria a fama dos mineiros. Esbanja pronome: “Pra saúde funcionar, é preciso se investir mais dinheiro”. O se sobra. Xô!