Pai é pai. O resto é pãe

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 O pai está no céu e na Terra. O lá de cima ganha letra maiúscula. O de baixo, minúscula. O pai de todos está nas duas mãos. O pai dos burros, na estante de bibliotecas pobres e ricas. O Pai encabeça o sinal da cruz, a Santíssima Trindade e a oração que o Senhor nos ensinou. No Natal, Papai Noel faz a alegria da meninada. O pai de família tem mulher e filhos. O pai da criança apresenta ideia criativa. O pai da aviação e outros genitores carimbam invenções com nome e sobrenome. Governantes demagogos adotam as três letras como aposto. Peron virou o pai dos descamisados. Getúlio, o pai dos pobres. Nos tempos modernos, o paizão desempenha as funções da mulher e do homem. Deixa de ser pai. Torna-se pãe.

Letra grandona

Dia dos Pais é data comemorativa. Escreve-se com letra maiúscula como Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia da Pátria, Dia dos Namorados, Dia do Evangélico, Dia do Médico, Dia do Professor, Dia do Advogado, Dia de São Nunca.   O z  tem razão

Por que paizinho e paizão se escrevem com z? Nos tempos em que a escola ensinava, a resposta estava na ponta da língua. O z funciona como consoante de ligação. O que é isso? Palavras que não têm s nem z onde o sufixo possa se juntar, só têm uma saída. Pedir ajuda à consoante de ligação.

Compare: mesa (mesinha, mesona, mesário, mesão), rapaz (rapazinho, rapazola), café (cafezinho, cafezal), mãe (mãezinha, mãezona), pai (paizinho, paizão).