O caixa? A caixa? A palavra joga em dois times. É feminina na acepção de recipiente onde se guarda algo e de seção de banco, loja ou repartição pública onde se pagam contas ou se recebe dinheiro: a caixa de joias, a caixa do banco, a caixa do supermercado. A pessoa que trabalha como caixa? Se for mulher, será a caixa. Se homem, o caixa. […]
Café espresso? Café expresso? Atenção, moçada. O pretinho gostoso não tem nada a ver com a rapidez do expresso. Ele tem a ver com exclusividade. Um café espresso – assim, com s– quer dizer feito na hora exclusivamente pra você. Vamos combinar? É um luxo só.
Cada um de nós sairá? Sairemos? O verbo vai para a 3ª pessoa do singular: Cada um deles tomou um rumo. Cada uma das camisas custou acima de R$ 50. Cada um de nós sairá em horários diferentes.
Cada? Cada um? Antes de substantivo singular, o um não tem vez. Por quê? Cada encerra ideia de unidade: Falou com cada deputado (não: cada um deputado). Deu bom-dia a cada criança. Distribuiu comida a cada família. O programa ia ao ar a cada hora. A cada real gasto, pedia prestação de contas.
Singular? Plural? Ora veja! A concordância prega cada peça… Uma delas trata da concordância. O verbo fica no singular se os núcleos do sujeito composto forem precedidos de cada. Assim: Na estante, cada livro, cada dicionário, cada enfeite deve ficar no lugar certo. Cada gesto, cada movimento, cada palavra implica alegria e saudade.
Cada vestido? Todo vestido? Quem diria! Usados a torto e a direito como sinônimos, os dois pronomes dão recados diferentes. Cada indica diversidade de ação, particulariza: Usa cada dia um vestido (não repete o traje). Cada filho tem um comportamento. Cada macaco no seu galho. Dava brinquedos a cada criança. Todo generaliza. Significa qualquer: Todo dia é dia. Dava brinquedos a toda criança.
R$ 2 cada? R$ 2 cada um? Sabia? O pronome cada não suporta a solidão. Deve estar sempre acompanhado de substantivo, de numeral ou do pronome qual. Dizer “Os picolés custam R$ 2 cada” é desamparar o pobre dissílabo. Ele sofre. Em resposta, rouba pontos e prestígio. Melhor dar-lhe a companheira que o consola: Os picolés custam R$ 2 cada um. Os livros valem […]
Caprino? Cabrino? O adjetivo derivado de cabra? É caprino sim, senhor.
Eu cabo? Eu caibo? Caber é cheio de irregularidades. Respeitar as manhas de tão instável criatura exige atenção plena. A mais importante é o cuidado com a conjugação. Guarde as formas: caibo, cabe, cabemos, cabem; coube, coube, coubemos, couberam; cabia, cabia, cabíamos, cabiam; coubesse, coubesse, coubéssemos, coubessem; couber, couber, coubermos, couberem; cabendo; cabido.
Ufa! O carnaval acabou. Adeus, reis e rainhas. Adeus, príncipes e princesas. Adeus, fantasia. A realidade chegou devagarinho. Foi chegando, chegando e… tomou o trono. Bem-vinda. No ano que vem há mais. É só esperar. Enquanto a folia não volta, aproveitemos o tempo. Que tal desvendar o mistério de armadilhas astutas? Cabeleireiro? Cabelerero? Olho vivo! O i é preciso. Cabeleireiro deriva de cabeleira. Daí os […]