Superdica para o fim do ano (6)

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Seis: a clareza Não abuse da generosidade de Deus e dos homens. Seja claro. O conselho não é capricho destes tempos que batem ponto final. Montaigne, há meio milênio, repetia e repetia: “O estilo tem três virtudes — clareza, clareza e clareza. Para fazer jus à companhia do Senhor, não deixe dúvida ao construir frase com a palavra Deus. Evite que o objeto direto se […]

Superdicas para o fim do ano (4)

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Quatro: a permanência Por que o céu é bom? Dizem que lá cada um encontra a sua turma. Álvaro Moreira escreveu a respeito: “Quando eu morrer, com certeza vou pro céu. O céu é uma cidade de férias, férias boas que não acabam mais. Assim que eu chegar, pergunto onde mora lá minha gente que foi na frente. Dou beijos, dou abraços. Converso. Conto coisas […]

Superdicas para o fim do ano (3)

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Três: a adaptação Ninguém duvida de que o hotel e a casa dos outros são diferentes da casa da gente. Impõe-se, pois, adaptar-se. Ao lhe ser apresentada a nova morada, cuidado com a língua. Se você disser “eu me adéquo”, prepare-se para despencar até o reino do capeta. Adequar só se conjuga nas formas em que a sílaba tônica cai a partir do q (adequar, […]

Superdicas para o fim do ano (2)

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Duas: a chegada A preposição, outra vez, pede atenção plena. Deus tem ouvidos pra lá de delicados. Ao menor ruído, otites os ameaçam. Dor de ouvido, dizem os otorrinos e as vítimas do mal, é tão intensa quanto a de parto. Assim, para conquistar as graças do Senhor, dê uma espiadinha no dicionário de regência. Ele diz que chegamos a algum lugar. Chegue, pois, a […]

Superdicas para o fim do ano (1)

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O ano acabará na terça. Nada mal. Começa tudo de novo. Drummond escreveu sobre a magia da virada do calendário: “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. / Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. / Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os […]

Natais e Natais (5)

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Ainda mais Saímos mais cedo para ir ao teatro? Saímos mais cedo para irmos ao teatro? Falamos alto para ser ouvidos? Falamos alto para sermos ouvidos? Calaram-se para escutar o barulho do mar? Calaram-se para escutarem o barulho do mar? Ambas as construções ganham banda de música e tapete vermelho. Qual delas você prefere? Eu fico com o singular. É mais curta. Menor é melhor.

Natais e Natais (4)

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Mais ainda Nós somos brasileiros? Nós é que somos brasileiros? Por que o Atlético perdeu a partida no Marrocos? Por que é que o Atlético perdeu a partida no Marrocos? Quem dá mais? Quem é que dá mais? Ele sabe a resposta? Ele é que sabe a resposta? Eles são estudiosos? Eles é que são estudiosos? Acredite sem pestanejar. A duplinha é que joga no […]