O céu dos gregos era diferente do nosso. No nosso, há um só Deus. No deles, há 12 permanentes e muitos hóspedes. O nosso Deus é perfeito. Não faz nada de errado. Os deles têm os defeitos e as qualidades dos homens: amam, odeiam, ajudam, defendem, atacam, traem, mentem, matam. No Olimpo há de tudo. É divertido que só.
Os gregos adoravam os deuses. Homenageavam-nos. As cidades organizavam grandes cerimônias sagradas. Os jogos eram a principal atração. Havia os Jogos Píticos, dedicados a Apolo, deus da beleza. Havia os Jogos Ístmicos, oferecidos a Posêidon, o deus das águas. Havia os Jogos Olímpicos, consagrados a Zeus, o deus dos deuses. De quatro em quatro ano, Olímpia recebia os atletas. Então, as guerras cessavam. Era a trégua sagrada. Os concorrentes só podiam ser gregos livres. Estrangeiros, escravos ou condenados não tinham vez. As disputas duravam cinco dias. Eram corridas, lutas (luta livre, boxe, luta grega), pentatlo (corrida, salto, luta, lançamento de disco e de dardos) e corridas de cavalos. Os campeões não recebiam medalhas. Ganhavam uma coroa de folhas de oliveira selvagem — a árvore sagrada do Olimpo. Era a glória. |