Olhar pra frente e olhar pra trás

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Sabia? Enquanto nós adiamos o trem-bala, os americanos pensam no hyperloop. Trata-se de uma espécie de cápsula mágica. Vale comparar: de avião, a viagem de Nova York a Washington gasta 1h30. Embarcado na novidade, chega-se ao destino em 15 minutos. A notícia alvoroçou os louquinhos por velocidade. No calor da discussão, pintou uma dúvida. Ocorre crase no enunciado de Nova York a Washington?

A questão é velha como o rascunho da Bíblia. Mas persiste apesar da idade avançada. É que muitos se esquecem dos casaizinhos da língua. Eternos apaixonados, eles têm uma marca. O que acontece com um par acontece om o outro. Assim:

1. se um par é preposição pura, o outro também será. É o caso de de…a: Trabalho de segunda a sexta. Fui de São Paulo a Curitiba. O hyperloop vai de Nova York a Washington em 15 minutos.

2. se um par é preposição com artigo, o outro vai atrás: Estudo das 8h às 13h. Do crack à barbárie é um salto. Li da pág. 3 à (pág) 40. Corri da quadra 5 à quadra 7.   Sem ingenuidade

Nome de bairros, cidades e países são calo no pé dos casaizinhos. A razão: alguns se usam com artigo. É o caso de o Leblon, a Barra, o Rio, o Guará, o Brasil, as Bahamas. Outros dispensam o pequenino. Copacabana, Brasília, Paris, Portugal, Cuba servem de exemplo.

E daí? Bem, o casamento não tem o poder de mudar a natureza das criaturas. Cada um fica na sua. Veja: Vou de São Paulo ao Rio. Viajou de Cuba aos Estados Unidos. Voou do Amazonas a Brasília. Dirige de Copacabana ao Leblon todos os dias.