O peru, o galo e a raposa — a prudência

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    Era uma vez…
O peru e o galo viviam pra lá de bem. Comiam milho à vontade, passeavam na floresta, dormiam em galhos de árvores. Eram gordos e felizes. Um dia a raposa os viu no alto de uma mangueira. Lambeu os beiços. Morta de fome, pensou:
— Encontrei minha comida de hoje.
O galo, quando a viu, achou graça. Sabia que raposa não sobe em árvore. Por isso estava seguro. O peru, coitado, tremia como vara verde. Não ouvia as palavras do peru. Só olhava pra criatura lá embaixo. A raposa fazia caretas, mostrava os dentes, fingia que ia avançar. Ele tremia, tremia, tremia. Não dormiu a noite inteira. Resultado: caiu da árvore.
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Que coisa, hein? O galo sabia que a raposa era perigosa. Mas não podia subir na árvore. Por isso não deu bola pras ameaças dela. O peru bobeou. Sabia, mas não confiou. Luã viveu um caso parecido. Ele estava no parque quando viu uma briga de meninos. Eles atiravam pedras pra todos os lados. Ele entrou no castelinho, fechou a porta e esperou a confusão passar. A mãe dos garotos chegou e pôs os brigões no castigo. Luã saiu do esconderijo e continuou a brincar.  
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Moral da história: ter cuidado é bom. Mas não exagere.   (Fábula publicada no suplemento Super, que circula aos sábados no Correio Braziliense)