O mundo acabou?

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É o fim dos tempos”, exclamaram os telespectadores. Eles ouviam uma notícia assustadora. O Diário, jornal mexicano, escreveu editorial pra lá de chocante. Nele, pede orientação aos traficantes que fazem a festa no país. “Como devemos agir”, pergunta ele, “para poupar a vida de nossos jornalistas e colaboradores?” A razão: os bandidos matam quem os incomoda.

O fato repercutiu mundo afora. O Brasil não fugiu à regra. Comentários pipocaram na mídia. O Jornal das Dez debateu o assunto. “Jornal mexicano pedia tregua à cartéis da droga”, escreveu na telinha. Ao ouvir a notícia e ler o texto, homens e mulheres não resistiram. Soltaram a frase desanimada.

Explica-se. Em período tão curtinho, aparecem dois senhores tropeços. Um: a grafia de trégua. Paroxítona terminada em ditongo, a mocinha pede acento como história, égua ou secretária. O outro: o acento grave. Crase é o casamento de dois aa. Em geral, preposição + artigo. O artigo a só aparece antes de nome feminino. Cartel é masculino e não abre. Com ele, o grampinho não tem vez. Xô!