Era uma vez…
O mosquito voava à toa. Ia pra lá e pra cá. No vaivém, viu um touro que pastava calmamente no campo. Resolveu, então, pousar no chifre do bichão. Lá ficou um bom tempo. Olhou a paisagem, fez um relaxamento e dormiu. Quando acordou, decidiu ir-se embora. Antes de asas, perguntou:
— Senhor touro, o meu peso o incomodou muito? Se tiver incomodado, prometo não pousar mais no seu corpo.
O touro, que nem tinha se dado conta do inseto, olhou pra ele e respondeu sem muito interesse:
— Nem sabia que você estava aí. Se quiser ficar, fique. Se quiser ir, vá. Pra mim não faz nenhuma diferença.
*
Há pessoas que agem como o mosquito. Pensam que têm muita importância, mas não têm. É o caso do Luís. Ele ganhou uma bola de futebol pra lá de charmosa. Convidou os amigos pra uma partidinha. Um pouco antes de começar o jogo, desistiu. Levou a bola pra casa. Esperava que os garotos cancelassem a pelada. Qual o quê! Renzo pegou a bola dele e todos se divertiram à beça.
*
Moral da história: Nem sempre os outros nos acham tão importantes quanto nós imaginamos.
(fábula publicada no suplemento infantil Super, que circula aos sábados no Correio Braziliense.)