Era uma vez…
O senhor leão cochilava à sombra de uma árvore. Sem querer, um mosquitinho pousou na orelha dele. O rei ficou indignado. Sem pensar, disse:
— O que você está fazendo aí, miserável bichinho? Xô! Não incomode o senhor da floresta.
— Você não é senhor da floresta pra mim. Não reconheço sua majestade, nem tenho medo de você.
O leão rugiu:
— Vá-se embora, criatura imprestável! Xô! Xô! Xô!
O mosquitinho resolveu dar uma lição ao arrogante quadrúpede. Atacou-o com ferroadas por todo o corpo. Picou-o sem piedade. O leão se desesperou. Dava rabadas e pontapés em si mesmo. Terminada a sessão de tortura, o inseto parou e disse:
— Viu a minha força? Diante dela, sua fama de rei não está com nada. Adeus. Vou contar pra bicharada a história do leão que apanhou do mosquito.
E lá se foi ele. No caminho, tropeçou numa teia. Enredou-se. Morreu no ferrão da aranha.
*
Você já reparou? Às vezes a gente dá importância aos grandes problemas e se esquece dos pequenos. De vez em quando, se ferra. É o caso da Marta. Ela ia fazer uma prova. Examinou o programa. Estudou só os temas que considerou importantes. Deixou os outros pra lá. Sabe o que aconteceu? Caiu um dos temas desprezados. Ela não soube responder à questão. Que pena!
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Moral da história: Os pequenos inimigos são mais perigosos que os grandes. Olho vivo!
(Coluna publicada no suplemento infantil Super, que circula no Correio Braziliense aos sábados.)