Árabes e descendentes povoam o Brasil de norte a sul. São Paulo é a maior cidade libanesa do mundo. Quibe e esfirra viraram salgadinhos verde-amarelos. Nada mais acertado que o Itamaraty contribua para a paz no Oriente Médio. Ufa! Guerras se sucedem na região há mais de 60 anos.
O ministro das Relações Exteriores viajou para as bandas onde o mundo nasceu. Quer mediar as negociações entre Israel e Palestina. Mas, no verbo, a porca torce o rabo. É um tal de “media” pra cá e “mediam” pra lá que ouvintes fazem filas diante das farmácias na busca de remédio contra otite.
E daí? Melhor lembrar-se de dica pra lá de útil. Mediar e intermediar jogam no time de odiar. O trio se conjuga do mesmo jeitinho: eu odeio (medeio, intermedeio), ele odeia (medeia, intermedeia), nós odiamos (mediamos, intermediamos), eles odeiam (medeiam, intermedeiam); eu odiei (mediei, intermediei), ele odiou (mediou, intermediou), nós odiamos (mediamos, intermediamos), eles odeiam (medeiam, intermedeiam). E por aí vai.