O berço da palavra 3

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Bigode

Márcio Cotrim

Bigode é o conjunto de pelos faciais humanos entre o nariz e o lábio superior, comumente preservado por alguns homens. As mulheres, em sua grande maioria, optam por raspá-lo. O uso do bigode – e da barba – sempre foi um símbolo que representava nobreza e coragem. Historicamente, é um traço facial que identifica diferentes culturas. Na sociedade ocidental, o bigode tem caído em desuso, em favor de crescente exigência de limpeza visual.

Seu berço é germânico. Segundo hábito muito antigo, os guerreiros, antes de entrar numa batalha, acariciavam o bigode encomendando-se a Deus e dizendo bi God, ou seja, “por Deus”. Famosos bigodes contemporâneos foram os de Salvador Dali, de Hitler e de Charles Chaplin como Carlitos.

Entre nós, o de Jânio Quadros, mas a torcida brasileira nunca vai esquecer o zagueiro Bigode, um dos jogadores que levaram o país à amargura coletiva na derrota para o Uruguai em 1950. Em países orientais, sobretudo os que não se contaminaram pela influência ocidental, o apêndice peludo continua tendo seu lugar. No Afeganistão, por exemplo, os barbeiros pouco têm o que fazer.