Nós nos miolos

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Sérgio Luiz Mansur, de Belô, escreve: “Se olhos e ouvidos não me enganam, a reforma ortográfica tem muitos críticos e opositores, poucos defensores. Mesmo leigo, alinho-me com os primeiros por achar que as mudanças são no mínimo inúteis. Mas vão entrar em vigor. Agora é relaxar e… Na luta por tentar entender e aceitar a reforma, descobri o que vocês, professores, chamam de perguntinha de bolso. `Bilíngüe´ perde o trema, que, eliminado, nos mostra uma palavra à feição de `estilingue´, que é paroxítona. Sem acento agudo, mas a tônica é na mesma sílaba da outra, com as mesmas letras. O acento gráfico será mantido em `bilíngüe´, porém como convencer disso um aprendiz de nosso idioma?
 

O acento de bilíngüe tem razão de ser. Ele joga no time de órgão e pônei. Todas são paroxítonas terminadas em ditongo. O acento diz que no final há um ditongo. É diferente de estilingue. Sem o acento, é paroxítona terminada em e como bate, come, moleque.