No tribunal

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Advogado:

― Doutor, antes de começar a autópsia, o senhor verificou o pulso da  vítima?

Perito:

― Não.

Advogado:

― O senhor mediu a pressão arterial?

Perito:

― Não.

Advogado:

― O senhor verificou a respiração?

Perito:

― Não.

Advogado:

― Nesse caso, é possível que a vítima ainda estivesse viva quando a autópsia  começou, não?

Perito:

― Não.

Advogado:

― Como o senhor pode ter essa certeza?

Perito:

― Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.

Advogado:

― Mas o homem não poderia estar vivo mesmo assim?

Perito:

― Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando direito em algum lugar!

(Colaboração José Horta Manzano)