Oscar lia, lia muito. Amava a literatura. Escrevia com graça e beleza. Deixou prosa e poesia. “Poema da curva” serve de aperitivo. É de fevereiro de 1988:
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher amada. De curvas é feito todo o universo. O universo curvo de Einstein.