Mestres não nasceram hoje. Nem ontem. Nem anteontem. Mestres existem desde sempre. Todas as culturas os homenageiam. A mitologia grega, por exemplo, destaca o centauro Quíron. Ele tem cabeça, tronco e braços como nós. Mas, da cintura pra baixo, é cavalo — com quatro patas, rabo e pelos.
Quíron conhecia medicina como ninguém. Também sabia tudo sobre guerras e música. Muitos heróis foram educados por ele. Asclépio foi um deles. Motivado pelo mestre, o jovem estudou tanto que virou o deus da medicina. Até hoje os médicos o exaltam. Usam o símbolo dele — o bastão com a serpente enrolada.
Aquiles foi outro. O mestre lhe ensinou os mistérios, as artes e as artimanhas de lutas e batalhas. As lições valeram. Na Guerra de Troia, Aquiles ganhou os combates. Virou o maior herói grego de todos os tempos. Mas, numa brincadeira, feriu Quíron. O centauro sentiu tanta dor que suplicou a Zeus que o matasse.
Como atender o pedido? Imortal não morre. Mas mestre é mestre. Ofereceu a imortalidade a Prometeu. E partiu pro mundo dos mortos. O deus dos deuses transformou-o na constelação de Sagitário. Ela se parece com o voo de uma flecha. Sabe por quê? É louvor ao saber, que eleva a natureza animal em espiritual. Por isso, os sagitarianos adoram viajar, conhecer outras culturas e passar pra frente os conhecimentos. São mestres dos mestres.