Ops! A terra tremeu. A luz se apagou, o telefone emudeceu, o lustre ficou no cai não cai. As pessoas demoraram a entender a brincadeirinha sem graça. Um senhor terremoto abalou o Chile. Matou quase 800 pessoas. Instalou o caos. Deu passagem ao pânico. O epicentro ocorreu no mar. Ondas gigantescas se levantaram. Ameaçaram outros países banhados pelo Pacífico. Os cientistas falaram em tsunami. Tiveram um cuidado: respeitaram o gênero da palavra. Ela é masculina sim, senhor.
Estragos O terremoto matou e feriu. Ninguém sabe ao certo o número de vítimas. Mas uma coisa é certa. Os quase 800 mortos são vítimas. Mas não são vítimas fatais. Por quê? Fatal é o que mata. O terremoto é fatal. O morto, coitado, joga em outra equipe. Ele não matou. Morreu.
Olhinhos puxados
Nem só de sushi e saquê vive o japonês. A língua do povo amarelo de cabelos lisos e olhinhos puxados enriqueceu o léxico português com outros vocábulos. Um deles: tsunami. A palavra tem duas partes. Uma: tsu. As três letrinhas querem dizer porto, ancoradouro. A outra: nami. A dissílaba significa onda, mar. Em bom português: tsunami são ondas marítimas gigantes que têm origem bem conhecida. São provocadas por movimento de terra submarino ou erupção vulcânica. Valha-nos, Deus, da fúria da natureza!