Você ouviu? Se ouviu, não acreditou. Se acreditou, terá chegado a conclusão óbvia. Paulo Piau, relator do processo contra o Paulino da Força no Conselho de Ética, foi mau aluno. A declaração que fez diante de câmeras e microfones comprova a malandragem nos bancos escolares. “Se não houverem provas”, disse o deputado, “eu não posso inventá-las.”
Sua Excelência não aprendeu lição pra lá de repetida. O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal. Sem sujeito, só se conjuga na 3ª pessoa do singular. Tivesse estudado como manda o figurino, o deputado mineiro teria dito com todas as letras: Se não houver provas, eu não posso inventá-las.