Veja só. O Universo ia enfrentar o Flamengo no dia 1º de maio. Era o mais esperado jogo da Liga Nacional de Basquete. O Ginásio Nilson Nelson se preparou para a grande encontro. Mas era importante a participação da torcida. Como animar adultos e crianças?
Pensa daqui, pergunta dali, conversa dacolá, eureca! Pintou a ideia. Pra pôr fogo na torcida, o time de Brasília lançou um concurso. Os moradores da capital escolheriam mascote para a equipe.
Três candidatos disputavam a preferência do povo. Um deles era o imponente lobo-guará. O outro, a ágil siriema. O último, o esperto calango. A votação seria feita pela internet. Na hora de lançar a campanha, ops! A equipe se desentendeu.
O pomo da discórdia foi o gênero de mascote.
Os homens disseram que a palavra era masculina. As mulheres juraram que era feminina. Alguns afirmaram que ela jogava nos dois times. Foi um pega pra capar. Se você estivesse lá, apostaria em que opção?
a. masculina
b. feminina
c. dois gêneros
E daí?
Diante do dilema, só havia uma saída — consultar o dicionário. Ele diz que mascote é palavra feminina. Os homens tremeram nas bases. Como um time poderia ter uma mascote? O símbolo deveria ser aguerrido, forte, competitivo. E por aí vai. As lamentações não comoveram ninguém. A mascote continua a mascote.
O vencedor
Definido o sexo, a campanha foi ao ar. Adultos e crianças votaram. A disputa foi pra lá de emocionante. Ora o lobo-guará ficava na frente. Depois, a seriema ganhava a dianteira. O calango não deixava por menos. Ao menor descuido, lá estava ele correndo atrás do título. Depois do vaivém, saiu o recultado. O vencedor foi…o lobo-guará.
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