Li nos jornais o bate-boca no Senado. Comentei o caso com colegas por e-mail. O verbo querer me confundiu: “Contarei quando quiser”, disse Collor. Nuns textos, quiser aparece grafado com s; noutros, com z. Confesso que sempre paro na hora de escrever o danado. O s tem explicação?
Tem. A regra vale pra todos os verbos. Os que têm z no infinitivo, mantêm o z em todas as formas em que o z soar. É o caso de fazer e dizer (faz, fez, fiz, fizemos, fizesse, fizer; diz, dizemos, dizem). Os que não têm z no infinitivo, não dão entrada à lanterninha do alfabeto nem a pedido de Deus. Valem os exemplos de querer e pôr: quis, quisemos, quisesse, quiser; pus, pôs, pusemos, puser, pusermos, pusesse, pusessem.