Pleonasmo? É redundância. Em bom português: desperdício de palavras. É a tal história do subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro ou sair pra fora. Subir é sempre pra cima, descer é sempre pra baixo, entrar é sempre pra dentro, sair é sempre pra fora. Pra não cair no pleonasmo, siga o conselho do pai sovina. Meu filho, não saia. Se sair, não gaste. Se gastar, não pague. Se pagar, pague só a sua. É isso. Ao escrever, seja econômico. Escreva só o necessário.
Vale o exemplo. Outro dia, a namoradinha do João Marcelo fez uma proposta a ele. “Quero acrescentar mais amor à sua vida”, ela disse. Acrescentar mais? O garotão sentiu arrepios. Sabe por quê? O mais sobra. Acrescentar é sempre mais. João Marcelo não quis magoar a gatinha. “Eu também quero acrescentar a mor à sua vida”, disse sedutor. Ela entendeu. Como não dizemos diminuir menos, não podemos acrescentar mais. Basta acrescentar.