Luiz Mendonça comenta

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Prezada Dad, seus posts sobre o Dia dos Pais são um presente. Bela homenagem!

Tenho dois filhos que não fiz e que educo desde os 5 e 3 anos (a mãe ficou viúva). Ser pai não é ter ‘feito’. Tantos que ‘fazem’ e não são pais na acepção da palavra. Muitos nem pensam que ‘estão fazendo’ um filho. E mais: muitos nem se preocupam com quem estão ‘fazendo’ um filho… Coisas da vida.

Meus filhos me amam. Os filhos dos meus filhos, meus netos (são dez!) me amam. Porque, Dad, ser pai é do coração.

Vania e eu criamos uma sobrinha dela e sou um pouco pai e avô dos filhos. E sou pai e avô de dois filhos de nossa secretária doméstica (isto é tão feio… Vá lá: nossa empregada) e nos adoramos.

Se você for consultada sobre a existência de algum pai feliz na face da Terra, pode afirmar: “O Luiz Mendonça”.

Importante: jamais meus filhos foram tratados ou chamados por ‘enteados’. Nem eu sou citado como ‘padrasto’! A casa está cheria hoje e o paizão estão cercado de amor e carinho. (Que bom: recordei paizão e paisão; paisinho e paizinho…) 

 

PS: a palavra Antártida é invenção de algum desocupado. Não existe registro sério a respeito. Eu diria que é fraude. Há quem conte uma história (não gosto de estória) de que no auge da briga da Brahma com a Antártica pela primazia nas vendas das deliciosas cervejas, coincidentemente quando o Brasil realizou a primeira missão à Antártica, lá fincou a bandeira na futura base Comandante Ferraz, e isto deu enorme visibilidade ao nome Antártica, a equipe de mercadologia da Brahma teria “criado” o nome Antártida para o continente gelado.

Jornalista desde 22 de novembro de 1964 (comecei no Jornal dos Sports e fui dez anos repórter do Repórter Esso e da United Press International), estive na Antártica. Lá visitei a Base Comandante Ferraz (do Brasil), a Base Marambio (da Argentina), a Base Tenente Marsh (do Chile). Em todas elas, nas alfândegas por onde passei (meu passaporte comprova isto), e nos brindes todos que comprei só se vê o nome Antártica. Neca de pitibiribas de Antártida! Nenhum mapa sério (e pesquisei em museus da Europa) registra Antártida. É só Antártica. O Aurélio registra ambos. Mas nós sabemos que o Aurélio registra tudo o que é falado (o que é bom, pois explica sobre tudo o que é dito ou escrito no cotidiano, sem se preocupar se é certo ou errado).

Há, também, quem diga que o nome Antártida surgiu de uma confusão de nomes, misturando o continente gelado com o continente perdido, a Atlântida…Para concluir as considerações irrelevantes de minha parte, no início das civilizações havia o Ártico, no Hemisfério Norte. Por conseguinte, ao Sul o oposto é o Anti Ártico, daí derivou para Antártica. 

Pena que tanto jornalista incauto da redação da TV Globo (que é a mais influente mesmo) fale ‘Antártida’, quando os próprios repórteres da empresa, em matérias diretamente do continente gelado, fale e repita somente e sempre ANTÁRTICA!

Nessa fria eu não entro!

Com o melhor abraço, seu admirador e leitor habitual

LUIZ MENDONÇA