Lições do acidente

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O acidente da Air France matou 228 pessoas. Entre eles, brasileiros, franceses, alemães. Dois brasilienses estavam na lista de passageiros. Ambos eram ligados ao mundo da música. Um: o maestro Sílvio Barbato. Ele regeu a orquestra do Teatro Nacional de Brasília durante 12 anos. A outra: Juliana de Aquino. A cantora lírica morava na Alemanha desde 2003.

A tragédia deixou famílias tristes e amigos enlutados. Jornais, revistas, rádios e tevês não deixam de dar notícias. Duas palavras aparecem todos os dias. Uma delas ganhou grafia nova. Agora se escreve assim:

a. voo b. vôo c. voô   E daí?

Escolheu a letra a? Acertou em cheio. A reforma ortográfica mudou a grafia de algumas palavras. Voo é uma delas. O hiato oo perdeu o acento. Agora coo, coroo, abençoo se escrevem livres e soltas — sem chapéu, sem lenço nem documento.

Exame do corpo

Nenhuma criatura escapou viva do acidente da Air France. Depois de alguns dias, corpos foram encontrados. Qual a causa da morte? Ninguém sabe ao certo. Por isso os cadáveres serão submetidos a exame no Instituto Médico Legal. A imprensa acompanha o caso passo a passo. E, como sempre acontece com quem batalha com a língua, uma dúvida pintou na cabeça de repórteres. Trata-se da pronúncia de uma palavra: necrópsia ou necropsia?

Você sabe a resposta? Então marque a opção que merece nota mil: a. necrópsia b. necropsia c. necrópsia e necropsia   Acertou?

O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa responde. O exame das partes de um cadáver tem duas pronúncias. Pode ser necrópsia ou necropsia. Você escolhe.