Leitores perguntam

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Ana Maria Braga trocava confidências com o louro José. Entre um comentário e outro, saiu-se com esta: “Quando ela vim buscar, veremos o que vai acontecer”. Fiquei tonto. A apresentadora pisou o verbo?

Geraldo Silva, Brasília

O verbo mais torturado da língua? A disputa é braba. Dois monossílabos disputam o pódio. De um lado, o ver. É “se eu ver” pra lá, “se eu ver” pra cá, em vez de “se eu vir”. De outro, o vir. Quem apanha mais? Ambos sofrem no futuro do subjuntivo. O tempo sofisticado nasce da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo menos o -am final (eu, vi, ela viu, nós vimos, elas vir-am; eu vim, ele veio, nós viemos, eles vier-am). Ana Maria Braga tropeçou no vir. A loura teria acariciado os ouvidos do telespectador se tivesse dito: Quando ela vier buscar, veremos o que vai acontecer.

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A palavra treinando varia de gênero? Clarissa Gonçalves, Brasília

Treinando joga no time dos vira-latas. Flexiona-se em gênero e número: o treinando, a treinanda, os treinandos, as treinandas.

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Há uma mania em responder às indagações com então. Por exemplo: “Você vai ao cinema hoje?” “Então, ainda estou pensando”. Esse “então” pode ser considerado vício de linguagem? Gabriel Fassio, lugar incerto

É modismo pra lá de chato. Xô!