Leitor pergunta 1

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Ocorrem mudanças na maneira de o povo da televisão falar, que acaba passando para o rádio, os jornais e, depois, o público em geral. Por exemplo: até uns 20 anos atrás, falava-se “risco de vida”, o que entendo certo, pois era usado quando havia risco para a vida da pessoa. De um tempo pra cá, passaram a dizer “risco de morte” (risco de ocorrer morte). Até aceito a argumentação, mas sem transformar a antiga em errada. Outro exemplo: os jornalistas, principalmente esportivos, agora dizem “as estreias” deste ou daquele jogador, “as voltas” deste ou daquele atleta, e por aí vai. Estão certos? (Paulo Passos)

1. Muitos estranharam o uso do risco de vida. Recorreram à Academia Brasileira de Letras, dona da última palavra quando o assunto é a língua portuguesa. Resposta dos imortais: risco de vida e risco de morte merecem nota 10. A primeira, pela tradição. A outra, pela lógica.

Exerça sua liberdade, Paulo. Escolha.

2. Há palavras abstratas que, embora tenham plural, em certos contextos só aceitam o singular. Veja: Anunciamos a presença (não: as presenças) da presidente, do governador e de cinco ministros. No jogo de domingo, haverá a estreia (não: as estreias) de fulano e fulano no time do Vasco. A volta (não: as voltas) de Adriano e de Ronaldinho Gaúcho se deu graças ao Mengão.