Dias atrás o Estado de Minas publicou artigo sobre a entrada em vigor de lei que permite aos condenados que estão atrás das grades abater parte da pena estudando. Para tantos dias em sala de aula, um a menos na cadeia. Até então isso só era possível por meio do trabalho. Agora, também o é pela educação. Minha dúvida: o texto falou em “remissão da pena”. A chamada da matéria, “remição”. Afinal, quem remiu os pecados? E quem pecou? (Ronaldo Ribas)
Acredite, Ronaldo. O dicionário dá nota 10 a ambos. Entre as acepções de remissão e remição, estão as de perdão, liberação de pena.
Os dois nomes pertencem a verbos de famílias distintas. Remissão vem de remitir (conceder perdão, indultar). Remição, de remir, variante de redimir (obter a reabilitação, livrar-se, libertar-se).
Olho vivo: remitir e redimir são verbos regulares. Conjugam-se em todas as pessoas, tempos e modos (remito, redimo, remiti, redimi, remitia, redimia). Remir joga no time dos preguiçosos. Defectivo, só se flexiona nas formas em que o i aparece depois do m: remimos, remirei, remiria, remindo. Etc. e tal.