Lá do fim do mundo 1

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Ufa! Nunca uma eleição foi tão badalada. O conclave, cercado de ritos e mistérios, chamou a atenção de gregos, romanos e baianos. Ao anunciar o ungido, surpresa! Ele é argentino. Os nacionais receberam a notícia com euforia. Não faltaram provocações: “Nós já temos o deus do futebol, agora também o papa”, tripudiou Maradona. Os brasileiros não deixaram por menos. “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. “Vim do fim do mundo”, disse o pontífice. Jogou água na fervura ou lenha na fogueira? Sei lá.

Provocações

A imprensa registrou as provocações. Na correria da redação, não faltaram dúvidas. Uma delas: por que o Senhor ora se grafa com a inicial exibida, ora discreta? O Deus, criador do céu e da Terra, recebe tratamento reverente. Os demais deuses jogam no time da maioria. Sem pedigree, escrevem-se com letras mixuruquinhas da silva: Apolo é o deus da beleza. Maradona se diz o deus do futebol. Zeus, na mitologia grega, é o deus dos deuses. Tupã é o deus de índios brasileiros.