Íris, a língua é cheia de manhas. Vale o que está escrito. O Volp e os dicionários registram as duas formas — presidente e presidenta. A Dilma, por pressão das feministas, escolheu presidenta para dar mais visibilidade ao gênero. A Ellen Gracie, quando presidiu o STF, não quis nem ouvir falar na tal presidenta. Ambas estão certas.
Dad Squarisi
Editora de Opinião
Diretoria de Redação
Correio Braziliense
Tel.: +55 (61) 3214-1161/1140
Blog da Dad: www.correiobraziliense.com.br
—–Mensagem original—–
De: Iris Borges [mailto:irisarcobaleno@gmail.com]
Enviada em: Monday, January 09, 2012 8:52 AM
Para: gladysamartins
Assunto: Re: Uma aula de português muito pertinente…
Adorei,
abraços,
Iris
Em 8 de janeiro de 2012 19:25, gladysamartins <gladysamartins@uol.com.br> escreveu:
Assunto: Uma aula de português muito pertinente…
Para: undisclosed-recipients
Uma aula de português muito pertinente
Uma questão de português muito pertinente!
Aqui vai uma explicação muito pertinente para uma questão actual:
A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática
no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que
não existia a palavra presidenta… Daí que ela diga insistentemente
que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção
Esteves como Presidenta da Assembleia da República.
Ainda nesta semana , escutei Helena Roseta dizer : «Presidenta!»,
retorquindo o comentário de um jornalista da SICNotícias, muito segura
da sua afirmação…
A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho:
Uma belíssima aula de português.
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer
dúvida se temos presidente ou presidenta.
A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um “BASTA” no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir
é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de
mendicar é mendicante… Qual é o particípio activo do verbo ser? O
particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele
que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a
ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os
sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “presidenta”,
independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não
capela “ardenta”; se diz estudante, e não “estudanta”; se diz
adolescente, e não “adolescenta”; se diz paciente, e não “pacienta”.
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
“A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco
pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada
representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela
ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas
atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre
português, só para ficar contenta”.
Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação…