Houaiss no banco dos réus 7

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Ambrósio da Cruz Viana

 

Acostumei-me a ler seus artigos desde quando estive em Brasília-DF, investigando “falcatruas” no serviço público. Disse falcatruas porque “atos ilícitos/corrupção” vão ter de sair do dicionário por serem ofensivos aos “direitos humanos” de quem, politicamente, os praticam. É por isso que vão prescrever os atos ilícitos praticados no mensalão. Tenho dois dicionários Houaiss, sendo um minidicionário adquirido na Feira do Livro em POA/RS (2008).

Quanto à definição de cigano, acredito que o dicionário Houaiss quis apenas ser mais específico no sentido figurado, sem ser preconceituoso porque o conceito figurado contido nesse dicionário, lamentavelmente, está arraigado na cultura mundial sobre o termo cigano. Hoje os ciganos estão pagando pelo que fizeram seus ancestrais apesar de alguns grupos continuarem praticando atos lesivos à comunidade (não estou fazendo defesa como se fosse um advocatus diaboli).

O certo é que o sentido figurado, mesmo sendo retirado do dicionário Houaiss, vai continuar na memória de quem se relacionar com ciganos, pois o preconceito é uma das piores mazelas  do ser humano. E a terra vai continuar girando sob os efeitos dos atos inconsequentes do ser humano, que desce a escada da irracionalidade sem olhar para baixo a fim de ver a distância que falta para alcançar o fundo do poço chamado abismo. Essa é a minha insignificante opinião.