Nos desfiles, uma palavra se ouve nos camarins, nas passarelas, nas arquibancadas. Estilistas, manequins, fotógrafos e comentaristas a enunciam a torto e a direito. Qual é? Isso mesmo. É glamour. Na origem, a dissílaba não tinha nada a ver com moda. Ela se referia à gramática. A coisa nasceu na Escócia. Lá pelo século 17, grammar (gramática) virou glamer — qualidade de quem falava sem erros, de acordo com a norma culta. Quem tinha glamer? As pessoas educadas, vestidas com elegância, pra lá de chiques. O vocábulo andou por diversas línguas. Daí pra significar charme, encanto pessoal, magnetismo foi um passo.