Farinha do mesmo saco

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Lúcia Faria joga no time coletivo. Gosta de compartilhar. Atenciosa, encaminha e-mails interessantes para os amigos. Alguns divertem. Outros indignam. A maioria informa. É o caso do que trata das metáforas da cozinha. São expressões criadas com inspiração nas características de frutas, verduras & cia. apetitosa. Hummmmmmmmmm! O banquete linguístico delicia como a festa de Babette.

Crus & cozidos

“Que abacaxi”, dizemos diante de um problemão que nos cai no colo. Quem não gosta da fruta tem saída. Fica com o pepino. O legume dá o mesmo recado. Trata-se de algo pra lá de trabalhoso. O contrário? É mamão com açúcar.

Mais. Se a pessoa exagera na atitude, enfia o pé na jaca. Se mistura alhos com bugalhos, faz a maior salada de frutas. Se se oferece, dá sopa. Se sonha, viaja na maionese. Se tem certeza de que algo vai acontecer, transforma-o em batata. Se pinta uma senhora enrascada, fica com a batata quente na mão.

Criatura meiga é docinho de coco. A muito emotiva, manteiga derretida. A frouxa, sem atitude, é banana. A que tem a autoestima nas alturas vira o rei da cocada preta. A especialista em conversa vazia ou sem sentido fala abobrinha. A que enrola na tentativa de enganar gregos e troianos? Enche linguiça, claro. Pois que vá plantar batata no asfalto.