Eu também quero

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É lei. A Câmara tornou de direito o que era de fato. Desde tempos idos e vividos, deputados trabalham de terça a quinta. Segundas e sextas funcionam como pontos facultativos. Aparece quem quiser. Agora, a prática se tornou lei.

Brasileiros de norte a sul do país reagiram. Alguns com ironia. “Eu também quero”, diziam em blogues e nas redes sociais. Outros com dureza. Gazeteiro foi a palavra mais ouvida. Com ela, o verbo gazetear. E, claro, a dúvida: como conjugá-lo?

Gazetear joga no time de passear e frear. A 1ª pessoa do plural dos presentes do indicativo e subjuntivo tem manha. Manda o i bater à porta de outra freguesia. Veja: eu passeio (freio, gazeteio), ele passeia (freia, gazeteia), nós passeamos (freamos, gazeteamos), eles passeiam (freiam, gazeteiam); que eu passeie (freie, gazeteie), ele passeie (freie, gazeteie), nós passeemos (freemos, gazeteemos), eles passeiem (freiem, gazeteiem).

Em bom português: nos tempos da vovó, poucos diziam gazetear. A moçada preferia matar aula. Assim, tinha problemas em casa. Mas acertava a conjugação verbal.