Espada de Dâmocles sobre a reforma ortográfica (6)

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Onomatopeia

Au-au. É o cão que late. Miau-miau. É o gato que mia. Glu-glu. É o peru que gluglujeia. Co-có. É a galinha que cacareja. Chuá-chuá. É a água que cai. Tique-taque. É o relógio que marca as horas.

As palavras que reproduzem o som de vozes ou ruídos recebem nome pra lá de pomposo. É onomatopeia. O adjetivo dele derivado tem duas formas – onomatopeico e onomatopaico. Ambas têm o mesmo significado. Escolha a que lhe soar melhor.

Antes da reforma ortográfica, as onomatopeias eram cheias de caprichos. Ora se grafavam com hífen, ora sem. Agora todas pedem o tracinho: bangue-bangue, blá-blá-blá, có-có, pisca-pisca, tique-taque, toque-toque, glu-glu, quem-quem, tim-tim.

Atenção: os derivados dispensam o hífen: gluglujear, cocorocó.