Espada de Dâmocles sobre a reforma ortográfica (3)

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Pum! A espada caiu sobre a cabeça da reforma ortográfica. Na sexta-feira, o Diário Oficial da União publicou o decreto da presidente Dilma Rousseff. A obrigatoriedade de adotar as mudanças impostas pelo acordo de 1990 ganhou um tempo. Em vez de entrar em vigor em 1º de janeiro de 2013, passará a viger em 1º de janeiro de 2016.

Cá entre nós. A reforma pegou. Jornais, revistas, dicionários, gramáticas, livros didáticos a adotaram. Adiar pra quê? A coluna vem revisando as alterações. Alfabeto, trema, travessão e acentos já estão dominados. Chegou a vez dos hifens. Vamos lá?

Não sofreram mudanças

Palavras compostas de dois vocábulos soltos: arco-íris, beija-flor, decreto-lei, boa-fé, má-fé, amor-perfeito, médico-cirurgião, segunda-feira, guarda-noturno, guarda-chuva, mato-grossense, norte-americano, sul-americano, finca-pé, conta-gotas, alto-falante, marrom-glacê, pão-duro, amarelo-limão, azul-turquesa, euro-americano, porta-retratos, para-brisa, para-choque, porta-retrato.

Exceções: paraquedas, paraquedista, paraquedismo, à toa, tão somente

Curiosidade

Formas soltas são as que existem independentemente de composição. É o caso de mesa, cadeira, vira, arco. Formas presas precisam se juntar a outras – como  os prefixos e os sufixos.

Prefixos

Há prefixos que não se misturam. Usam-se sempre com hífen. Aquém, ex, pré, recém, sem, vice, soto, vizo servem de exemplo: além-mar, aquém-muros, pós-graduação, pré-primário, pró-reitor, recém-chegado, sem-terra, vice-presidente, soto-mestre, vizo-rei.

Curiosidade

Pré, pró, bem, mal são prefixos traiçoeiros. Deixe a preguiça pra lá. Consulte o dicionário sempre.