Ops! O tabloide News of de Wold frechou as portas depois de quase dois séculos de vida. A razão: estava envolvido em falcatruas impensáveis no Reino Unido. Entre elas, escutas telefônicas ilegais, pagamento de propinas, compra da consciência de chefões da Scotland Yard. O escândalo trouxe às páginas policiais Rebekah Brooks. A ex-todo-poderosa editora do jornal usa cabelão avermelhado, crespo e solto. Os ingleses não deixaram por menos. Recorreram à mitologia grega e apelidaram-na de Medusa.
Que medão!
Medusa era um monstro. Tinha duas irmãs. Também monstros. Eram as Górgonas. Elas tinham asas de ouro, mãos de bronze, presas de javali e a cabeça rodeada de cobras. Quem olhasse nos olhos delas virava pedra. Das três, só Medusa era mortal. Mas ninguém conseguia matá-la. Quem tentava se transformava em estátua. Perseu foi desafiado a vencer a criatura. Topou. Pra chegar lá, precisava de três objetos.
Um deles: sandálias com asas para voar. Outro: um capacete que o tornasse invisível para escapar dos olhos assassinos. O último: um saco mágico para guardar a cabeça do monstro depois de cortada. Atena, a deusa da sabedoria, ajudou o herói. Pôs sobre a cabeça de Medusa um escudo que funcionou como espelho. Assim, Perseu não precisou olhar nos olhos da moça. Orientou-se pelo reflexo.
Então, foi fácil. Pegou uma espada de aço e decapitou o monstro. Foi a glória. Perseu pôs a cabeça da Medusa no saco, bateu asas e voou. Os olhos mortais das duas irmãs procuravam-no. Mas não conseguiam enxergá-lo. Ele, de capacete, estava invisível. Com o tempo, Medusa virou substantivo comum. É mulher feia e má. Uma bruxa. Xô!