É a Sapucaí, gente

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O desfile das escolas de samba do Rio ocorre no Sambódromo. O palácio do carnaval fica na Marquês de Sapucaí. ‘‘A Sapucaí’’, diz Joãosinho Trinta, ‘‘já tinha acento. Com a obra de Niemeyer, ganhou mais emoção.’’

Sapucaí tem acento porque o i é pra lá de exibido. Sem o agudinho, ele se confundiria com o a. Viraria ditongo. É o caso de sai, recai, sobressai. Para ele escapar da vala comum, a língua faz três exigências. Uma: o i tem de ser antecedido de vogal. Dois: tem de formar sílaba sozinho ou com s. Três: não pode ser seguido de nh.

Veja exemplos: A-ca-ra-í, ca-í, sa-í, a-ça-í, sa-í-da, e-go-ís-ta. Mas ra-i-nha, cam-pa-i-nha, ba-i-nha.

O u morreu de inveja do i. Bateu pé e levou. A regra vale para ele: ba-ús, sa-ú-de, sa-ú-va.