Dusdeth Nunes é repórter esportivo do jornal O Dia, de Teresina. Assina a coluna Um Prego na Chuteira. Na de domingo, ele surpreendeu. Teve, como todo mundo tem, dúvida de português. Mas, diferentemente de todo mundo, não foi atrás da resposta. Publicou a encucação.
Eis o texto: “A notícia na imprensa esportiva de que o River teria suspenso (ou será suspendido?) o seu treinamento físico e coletivo por causa das lesões nos atletas que foram recentemente contratados…” Leitores se assanharam. Alguns consultaram gramáticas. Outros bateram à porta de entendidos. Paulo José Cunha apelou pro blogue. E daí?
Suspender joga no time dos generosos. Tem dois particiípios. Um, regular, é o compridão suspendido. O outro, irregular, é o curtinho suspenso. Quando usar um ou outro? Quem manda é o auxiliar. Com ser e estar, suspenso pede passagem. Com ter e haver, suspendido, glorioso, desfila no tapete vermelho: O River teria suspendido. O River havia suspendido. O River é suspenso. O River está suspenso.