Maria Inês Nogueira, de Brasília, adora o programa do Jô. Não perde um. Na terça, fez o que faz sempre. Ligou a tevê e se deliciou. A certa altura, ele apresentou “uma dupla de irmãos que cresceram juntos na música”. A moça estranhou a concordância. O verbo não deveria concordar com dupla?
O xis da questão é o pronome relativo (que). Nessa construção, ele pode se referir a dupla. Aí, o verbo vai para o singular. Pode se referir, também, a irmãos. O verbo vai para o plural. No caso, a alternativa é acertar ou acertar.
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Roldão Simas Filho leu no Correio Braziliense: “Os usuários tendem a enfatizar o que eles esperam ser e maqueiam a verdade para parecer mais atraentes”. O dicionário registra os verbos maquiar, maquilar e maquilhar. Logo, a conjugação está errada. Certo?
Certíssimo. Maquiar conjuga-se como premiar: eu premio (maquio), ele premia (maquia), nós premiamos (maquiamos), eles premiam (maquiam).
Maquilar a maquilhar jogam no time de cantar. São, também, regulares: eu canto (maquilo, maquilho), ele canta (maquila, maquilha), nós cantamos (maquiamos, maquilhamos), eles cantam (maquilam, maquilham). imples assim. Mas há gente que teima em pôr barba em ovo. Dá no que dá.