Sucesso neste Brasil tropical? Há dois. Um: a novela Avenida Brasil. O destino de Carminha e Nina toma conta das conversas de bar, dos bate-papos em academias, de longos telefonemas entre amigos. As duas não deixaram por menos. Ganharam capa da revista Veja. O outro: o mensalão. O julgamento, transmitido pela tevê, bate recordes de audiência. Ministros do STF tornaram-se tão populares quanto jogadores de futebol ou atores globais.
Na quarta, foi a vez de Luiz Fux. Ao ler o voto sobre as acusações feitas ao Banco Rural, disse com todas as letras: “O que se montou foi verdadeira lavanderia de dinheiro, que deveria ter um nome que até não existe — gestão tenebrosa”. Ops! Telespectadores ficaram curiosos. Qual a origem de lavanderia de dinheiro?
A prática de dar aparência legal a dinheiro ilegal não é nova. Os piratas, lá no século 17, começaram a malandragem. Mas a expressão lavagem de dinheiro nasceu nos Estados Unidos. Por volta de 1920, a máfia montava lavanderias e lava-rápidos para aplicar a grana de origem criminosa. Depois, devolvia o capital à economia lavadinho — como se fosse lícito.